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MPE participa de oficina 'Segurança, ética e cidadania na internet'
Com o objetivo de promover a cidadania no mundo digital e de unir esforços para combater os crimes cibernéticos, acontece hoje, dia 17, no auditório do Ministério Público Federal (MPF/BA), a oficina 'Segurança, ética e cidadania na Internet: educando para boas escolhas online'. O encontro reúne durante todo o dia educadores da rede pública e oferece subsídios para o desenvolvimento de atividade pedagógicas sobre os desafios do uso seguro e cidadão da internet, abordando temas como ciberbullying, sexting, aliciamento, privacidade, canais de denúncia e superexposição na rede. Promovido pela SaferNet Btrasil, o evento foi aberto por uma mesa redonda sobre 'Cidadania e direitos humanos online', que teve entre os seus debatedores o coordenador do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos do Ministério Público estadual (Nucciber), promotor de Justiça Fabrício Patury, abordando o tema 'Proteção e Promoção dos Direitos da Mulher no Meio Digital'.
Enfatizando a importância do combate à violência de gênero que acontece também na rede, Fabrício Patury explicou para os convidados o funcionamento do Nucciber, destacando o papel preventivo da atuação do núcleo, que atua também junto às Promotorias Criminais em procedimentos que possuem “interface com o meio cibernético”. Com foco nos crimes e ataques ilícitos e cibernéticos contra as mulheres, o coordenador do Nucciber falou sobre a violência doméstica enquanto um fenômeno social. “Na rede, as mulheres são as principais vítimas dos ataques contra a honra, que é hoje o crime prevalente na internet”, destacou o promotor de Justiça, chamando atenção para os riscos da superexposição. “Temos que ter muito cuidado com o que postamos. Há casos de vítimas da chamada 'pornografia de revanche', que é a divulgação de vídeos íntimos de uma pessoa depois que um casal rompe relações. Esses vídeos já provocaram o suicídio de vítimas, o que dimensiona a gravidade e a seriedade com que essas questões devem ser tratadas”. Para Patury, a prevenção é a melhor forma de evitar esses crimes e destacou desafios no processo de investigação, como a necessidade de requisitar quebra de sigilo de empresas de tecnologia, como provedores de acesso. Patury finalizou a sua exposição lembrando que “a sensação de impunidade por parte de quem comete esses crimes é ilusória. Todo o crime na internet deixa um rastro”, concluiu.
Pela tarde, o diretor de Educação da Safernet, Rodrigo Nejm, fala sobre o tema 'Educando para boas escolhas online', abordando assuntos como 'dicas de segurança e canais de ajuda', 'matérias de casos reais para debate'. Participam do evento ainda o procurador Regional dos Direitos do Cidadão Leandro Bastos Nunes e diversos educadores. A atividade integra o projeto 'Ministério Público pela Educação Digital nas Escolas', realizado pelo MPF em parceria com a Safernet e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Outras oito capitais brasileiras já sediaram a oficina sobre o tema: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre, Fortaleza, João Pessoa e Recife. Ainda em março a atividade deve ser realizada no Distrito Federal. Será disponibilizada às escolas participantes do projeto a cartilha da Safernet "Diálogo Virtual 2.0: preocupado com o que acontece na Internet? Quer conversar?" - produzida em cooperação com o Ministério Público Federal e cuja versão digital pode ser acessada no site da PFDC (pfdc.pgr.mpf.mp.br).
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