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MP recomenda adoção de medidas contra propagação da Influenza A
MP recomenda adoção de medidas
contra propagação da Influenza A
Considerando a necessidade de se estabelecer procedimentos que mitiguem o aprofundamento e a gravidade dos impactos da pandemia de Influenza A (HN1) sobre a população de Salvador, o Ministério Público estadual expediu hoje, dia 24, recomendação aos secretários municipais de Saúde, José Carlos Raimundo Brito, e de Transportes Urbanos e Infraestrutura, Antônio Almir Santana Júnior. No documento, o promotor de Justiça integrante do Grupo de Atuação Especial de Defesa da Saúde (Gesau), Márcio José Cordeiro Fahel, solicita que os secretários, através de articulações com os demais órgãos do Município, imponham aos concessionários do serviço de transporte coletivo urbano a adoção de medidas urgentes de higienização dos veículos e das estações de ônibus, que, por conta da superlotação e da longa permanência dos usuários, acabam sendo locais propícios à transmissão de doenças infecto-contagiosas, principalmente as respiratórias.
De acordo com o promotor de Justiça, a higienização deverá ser realizada por meio da sanitização dos corrimões dos ônibus com álcool 70% ou hipoclorito de sódio a 1%. Isso, acrescenta Márcio Fahel, a cada passagem do veículo pelo terminal de transbordo. Também durante o período pandêmico, emergencialmente, a sanitização poderá ser feita com o ônibus em curso, através de funcionários dos sistema de transportes urbanos. “O importante é manter a higiene das áreas de maior contato dos passageiros”, enfatizou o promotor de Justiça, que recomendou ainda que sejam adotadas medidas no sentido de se reduzir ou evitar a superlotação nos transportes públicos, bem como e para manter as janelas dos ônibus sempre abertas para melhorar a ventilação.
Na recomendação, Márcio Fahel lembra que as notórias deficiências da rede de atendimento de saúde nos bairros, que impõem às pessoas doentes longas e contínuas movimentações entre bairros e municípios, acabam fazendo circular entre a população sadia, em transportes usualmente superlotados, indivíduos suspeitos ou portadores de doenças infectocontagiosas e facilita muito a dispersão das doenças. Até mesmo a arquitetura e a má ventilação dos veículos potencializam a transmissão das doenças no interior dos ônibus, assinalou o promotor, destacando que a precária limpeza no transporte urbano de Salvador também é importante veículo propagador.