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Processo de “Perna” está perto do final
Processo de “Perna”
está perto do final
“O processo está perto do final, só não acabou ontem mesmo porque ele negou que a voz das interceptações telefônicas e que a grafia na caderneta apreendida em sua cela sejam dele”. Esta foi a informação prestada pela coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), promotora de Justiça Ana Rita Nascimento, na tarde desta terça-feira, dia 11, sobre o interrogatório do traficante Genilson Lino da Silva, vulgo “Perna”, que aconteceu durante todo o dia de ontem no Comando de Operações Especiais (COE). Como as acusações são fortemente baseadas nas interceptações telefônicas e em anotações contidas no caderno encontrado na cela do traficante, o Ministério Público requereu e a juíza titular da 2ª Vara de Tóxicos, Nartir Weber, vai solicitar a realização de perícia grafotécnica no caderno e no áudio das gravações para comprovar, respectivamente, que a letra e a voz são dele.
De acordo com Ana Rita Nascimento, a instrução do processo findou ontem com o depoimento das cinco testemunhas de acusação e o interrogatório de Perna, que não arrolou testemunhas de defesa. Após o resultado da perícia, o MP fará as alegações finais e posteriormente deverá ser dada a sentença, informou ela. Em seu depoimento, afirmou a coordenadora do Gaeco, ele alegou que os R$ 280 mil apreendidos em sua cela eram fruto de empréstimos a juros e jogatina dentro da prisão. “O momento do interrogatório é o momento do réu se defender. Ele pode mentir ou não, e obviamente ele não colaborou conosco”, analisou.
Questionada se a organização criminosa liderada pelo traficante foi desmontada com a sua transferência para a Penitenciária de Catanduvas, no Paraná, a promotora de Justiça disse que “seria ilusório afirmar que toda a extensa rede montada por ele foi desarticulada”. Por esta razão, explicou a coordenadora do Gaeco, e para evitar uma tentativa de resgate de Perna por seus comparsas, o interrogatório aconteceu sob forte esquema de segurança no COE, e não na 2ª Vara de Tóxicos, como era previsto. Por cautela, ela não pôde dar detalhes sobre a volta do traficante para o Paraná, afirmando apenas que ele veio com agentes da Polícia Federal e da Penitenciária de Catanduvas.
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