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Combate à corrupção requer luta coletiva
Combate à corrupção
requer luta coletiva
Incansável militante da luta contra a corrupção, o Ministério Público estadual participou ontem, dia 9, das atividades desenvolvidas pela Controladoria-Regional da União na Bahia (CGU/BA) em homenagem ao ‘Dia Internacional contra a Corrupção’. Uma solenidade relevante, destacou o procurador-geral de Justiça Lidivaldo Reaiche Britto durante a abertura do evento, afirmando o compromisso do MPE com a causa e reforçando que a parceria entre órgãos públicos é de extrema importância para melhoria do cenário atual. “É lamentável que eu esteja finalizando o meu segundo mandato sem ter visto a condenação de algum gestor ou caso envolvendo improbidade administrativa”, declarou ele, assinalando que o MPE participou de ações emblemáticas, que registraram até prisões de prefeitos.
Segundo Lidivaldo Britto, a Instituição sempre esteve batalhando para coibir a corrupção. Diversos setores internos atuam combatendo a improbidade e as práticas corruptas, havendo núcleos específicos para trabalhar no combate à improbidade de prefeitos e na recuperação de ativos. O MPE, informou o PGJ, tem grupos especiais de combate à sonegação fiscal e ao crime organizado e, recentemente, adquiriu equipamentos para combater com mais eficácia a atuação de quadrilhas especializadas em corrupção e lavagem de dinheiro. Na Bahia, está sendo implementado o primeiro Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro do Nordeste, acrescentou Lidivaldo, esclarecendo que a ferramenta propiciará ao Estado combater, de forma mais eficiente, crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, pois funcionará como centro de excelência regional em produção de informações estratégicas para o enfrentamento a esses crimes, atendendo também às necessidades de uso de tecnologia para análise de grandes volumes de informação dos Ministérios Públicos estaduais de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
O chefe do MPE ressaltou que a Instituição conta ainda com a atuação de um núcleo de inteligência. Porém, mesmo com todo aparato, não tem sido possível promover o efetivo enfrentamento da corrupção, lamentou ele, frisando que não acredita que o quadro seja desanimador, apenas requer luta e paciência. Há alguns anos, lembrou Lidivaldo Britto, autoridades públicas não eram sequer investigadas pelos seus atos. Hoje, isso já ocorre e condenações são percebidas, mas “todos nós temos responsabilidade social para melhorar essa realidade”, concluiu o PGJ.
Batalhando pela transformação do cenário de corrupção a CGU trabalha há anos, informou o chefe da CGU/BA, Antônio Veiga Argolo Neto, que abriu o evento propondo aos órgãos envolvidos (Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF); Advocacia Geral da União (AGU); Tribunais de Contas da União (TCU), do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM); Receita Federal; Banco Central; Escola de Administração da Ufba; Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb); Sebrae; e Caixa Econômica) que encontrem para o próximo ano uma maneira de apresentar ações concretas que repercutam no combate e prevenção à corrupção na Bahia. Para o ex-ministro da CGU, Waldir Pires, que, em 9 de dezembro de 2003, assinou, em nome do Brasil, em Mérida, no México, a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, combater a corrupção é um dos passos da luta pela democracia. A luta que todos nós devemos travar, conclamou ele, é pela superação das desigualdades e construção do ambiente democrático.
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