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Promotora vai pedir condenação de donos de fábrica de fogos clandestina
Promotora vai pedir condenação de
donos de fábrica de fogos clandestina
A promotora de Justiça criminal Isabel Adelaide de Andrade Moura vai pedir a condenação por homicídio doloso dos oito réus que começaram a ser julgados nesta manhã, dia 20, pela explosão de uma fábrica clandestina de fogos de artifício, ocorrida em 11 de dezembro de 1998, no município de Santo Antônio de Jesus, situado a 185 km de Salvador. Tendo por juiz Moacyr Pitta Lima, o julgamento atrai não apenas familiares das 69 vítimas, mas também a população em geral e militantes dos direitos humanos como Aton Fon, advogado de acusação que atua em casos como o da Irmã Dorothy Stang, que fazia um trabalho pastoral em Anapu, no Pará, e foi assassinada em 2005.
A explosão vitimou 69 pessoas, sendo que 64 morreram e as demais ficaram com sequelas, tendo o acidente colocado o Brasil na condição de réu perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA). Diante das dificuldades em realizar o júri em Santo Antônio de Jesus, por causa da forte influência política e econômica da família proprietária da fábrica clandestina que tinha não apenas adultos, mas também crianças trabalhando, o processo foi transferido para Salvador à pedido do Ministério Público.
Estão sendo julgados o empresário Osvaldo Prazeres Bastos, dono da fábrica; seus filhos Mário Fóes Prazeres Bastos, Ana Cláudia Almeida Reis Bastos, Helenice Fróes Bastos Lírio, Adriana Fróes Bastos de Cerqueira e Berenice Prazeres Bastos, além dos gerentes Elísio de Santana Brito e Raimundo da Conceição Alves. Será pedida a condenação de todos, segundo a promotora de Justiça Isabel Adelaide.
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