Você está aqui
Após mais de 10 anos de luta, moradores da “Vila Metrô” vão ter morada digna
Após mais de 10 anos de luta, moradores
da “Vila Metrô” vão ter morada digna
Como a resposta do Ministério das Cidades não foi a desejada e consistia na liberação de mais verba para viabilizar a construção das casas dos moradores da “Vila Metrô” na própria área de risco que vêm ocupando há mais de 10 anos, surgiu uma luz no fundo do túnel com a proposta consensual dos poderes públicos. Ao invés de ficarem à espera de novo repasse, o que redundaria em mais sofrimento devido à exigência da realização de outra licitação e outro projeto, os moradores deverão ser transferidos para o Residencial Bela Vista, que já está com 60% das obras concluídas. O empreendimento está situado próximo da divisa Salvador-Simões Filho, integra o “Minha Casa Minha Vida”, e oferece 480 unidades habitacionais distribuídas em 24 prédios de quatro andares com dois quartos e demais dependências, dando condições de abrigar as 250 famílias da “Vila Metrô”.
A proposta de solução foi apresentada ontem, dia 20, à tarde, durante uma audiência pública realizada no Ministério Público estadual, sob a presidência do coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis, Fundações e Eleitorais (Caocife), promotor de Justiça Antônio Leal, que, além das gestões feitas junto com outros órgãos públicos, promoção de reuniões e audiências, visitou os moradores, constatando as condições precárias em que vivem há mais de 10 anos numa morada que deveria ser provisória. Para ele, o desfecho está sendo comemorado e considera de fundamental importância as parcerias firmadas com órgãos como a Defensoria Pública, Governo do Estado, Prefeitura do Salvador, Caixa Econômica Federal (CEF), bem como o empenho da comunidade que se manteve organizada. Nos próximos dias, todos os parceiros visitarão a construção do residencial acompanhados por uma comissão de moradores.
Nessa visita, Leal diz que não só o andamento da obra e sua estrutura serão observados, mas também a qualidade da moradia, o entorno, a acessibilidade, proximidade de escolas públicas e outros serviços. Além de se reunir com a CEF, informa que, pensando na qualidade de vida dessas pessoas, também debaterá com representantes do Estado e do Município a elaboração de projetos de qualificação para os novos moradores que deverão mudar-se no início do próximo ano. Para ele, foi importante o papel do Ministério Público no processo, “mas cumprir essa parcela do contrato social realizando um sonho acalentado durante tanto tempo só foi possível com o esforço conjunto dos parceiros”.
O auditório da sede do Ministério Público estadual no bairro de Nazaré, onde aconteceu a audiência, ficou lotado de pessoas ansiosas que deixaram seus afazeres e, mesmo com a presença de crianças inquietas que brincavam e choramingavam, ouviram atentas as informações e propostas apresentadas. Da mesa participaram o defensor público Gil Braga de Castro, que atua na prevenção, mediação e regularização fundiária; a superintendente de Habitação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Sedhur), Eleonora Mascia; o assessor da Secretaria Municipal de Habitação (Sedham), Geraldo Almeida; e o coordenador da Vila Metrô, Valter Lessa.
Atenção, jornalista! Cadastre-se nas nossas listas de transmissão por meio da nossa Sala de Imprensa e receba nossos releases.