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MP ajuda a recuperar nascentes em Santo Antônio de Jesus
MP ajuda a recuperar nascentes
em Santo Antônio de Jesus
Quase trinta mil mudas de espécimes nativas da mata atlântica plantadas e um trabalho de conscientização de cerca de mil famílias de agricultores de subsistência. Essas são apenas algumas das ações realizadas pelo Ministério Público estadual, através da Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Jesus, em parceria com o ‘Grupo Ambientalista Nascentes’ (Gana), como parte do ‘Projeto Brotar Nascentes’. Há quatro meses, a organização não governamental trabalha junto ao MP com o objetivo de recuperar matas ciliares, preservar e melhorar a qualidade e a oferta de água nas nascentes, mananciais e cursos d’água da bacia hidrográfica do Rio Jaguaripe, em Santo Antônio de Jesus, em uma área rural de mais de 160 km² de bioma da Mata Atlântica.
Nesses primeiros quatro meses do projeto, que tem duração prevista de dois anos, foram atendidas as comunidades de Sapucaia, Boa Vista e Vila Bonfim. “O pleno êxito do projeto pode ser medido através da receptividade da população, que tem sido parceira do MP e do Gana desde antes do início do projeto”, destaca o promotor de Justiça de Santo Antônio de Jesus Julimar Barreto Ferreira, fazendo referência ao trabalho prévio junto às comunidades, que envolveu a realização de palestras, reuniões e encontros nos quais foram levantados os problemas, definidos os prazos e as metas do projeto. “Antes havia muita água na região, mas o mau uso do sólo e dos rios fez com que as nascentes secassem. A comunidade já percebe isso e se coloca numa posição de colaboração”, comemora o promotor de Justiça.
Ao lado da recuperação dos mananciais, quando o assunto é água, a conscientização cumpre outro importante papel na vida das comunidades rurais: controlar os conflitos no campo. “Muitos conflitos chegam ao Ministério Público envolvendo proprietários rurais em disputa por água. Esses problemas também tendem a diminuir com o trabalho”, ressalta Julimar Ferreira. Três escolas da região estão funcionando como núcleos de apoio ao desenvolvimento ambiental, oferecendo cursos aos membros da comunidade, desde os trabalhadores rurais até seus familiares. Os estudos realizados pelo MP e pelo Gana dão conta de um número de beneficiados que passa de 4.550 pessoas.
O projeto tem previsão de ser concluído em 2013, mas seus resultados devem ser sentidos por um tempo ainda maior, conforme espera o promotor de Justiça Julimar Ferreira. “Os efeitos mais importantes são esperados nos próximos cinco anos, quando o bioma deve começar a apresentar respostas mais significativas em termos de recuperação. A quantidade e a qualidade da água disponível vão aumentar, melhorando assim a qualidade de vida de milhares de pessoas que vivem exclusivamente da agricultura familiar”, conclui.
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