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Experiências no combate ao crime apresentados em ciclo de debates sobre segurança pública
Experiências no combate ao crime apresentados
em ciclo de debates sobre segurança pública
“Um delinquente não é necessariamente um inimigo. Todas as pessoas são iguais, mesmo as que cometeram crimes. Não existe personalidade criminosa; os criminosos são pessoas que se moldaram no crime por força de experiências e de fatores externos a que estiveram sujeitos”. Esses foram alguns dos conceitos apresentados pelo psicólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP), Alvino Augusto de Sá, durante o ‘III Ciclo de Debates sobre Segurança Pública e Defesa Social’, realizado na manhã de hoje (21) no auditório do Ministério Público baiano. Para ele, que falou sobre o tema ‘Personalidade e crime’, não são as características da personalidade que determinam o comportamento criminoso; mas é a experiência na vida do crime que promove uma readequação do padrão de conduta e valores do indivíduo, numa espécie de “processo de criminalização”. “Por isso, aquele que cometeu um crime não é necessariamente um inimigo; é também um cidadão e precisa ter direitos assegurados”, defendeu. Os recursos tecnológicos que a Polícia Militar de São Paulo vem utilizando no combate ao crime e na defesa dos cidadãos, inclusive com uso de tablets pelos policiais e vídeo-monitoramento urbano, e a experiência sobre as Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro também foram apresentados durante o evento pelo diretor de telemática da PM-SP, tenente-coronel Alfredo Deak Júnior, e pela coordenadora das UPPs no Rio, major Priscilla de Oliveira Azevedo, respectivamente.
Uma realização do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp), a terceira edição do ‘Ciclo de Debates sobre Segurança Pública’ foi aberta pelo promotor de Justiça Geder Gomes, coordenador do Ceosp, que falou sobre a atuação, os estudos, as ações e eventos realizados pelo centro de apoio nos últimos meses. A experiência do ‘Projeto Comunidade Legal’ e a atuação do Ministério Público no bairro do Calabar, primeiro em Salvador a receber uma Base Comunitária de Segurança, foi apresentada pelo promotor de Justiça, que anunciou que o projeto será iniciado também no Nordeste de Amaralina, onde recentemente foram instaladas novas bases comunitárias. Para isso, será realizada uma audiência pública no bairro no próximo dia 30, presidida pelo procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva, com o objetivo de conhecer as demandas da comunidade e criar um calendário de ações do MP. De acordo com Geder Gomes, o Ceosp pretende promover quatro ciclos de debates sobre segurança pública em 2012.
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