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MPs Estadual e Federal criarão comitê para planejar ações diante do possível avanço da lama de Mariana à Bahia
Com o objetivo de planejar ações preventivas e mitigatórias dos danos que podem ser causados com a possível chegada dos sedimentos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), às águas oceânicas do estado da Bahia, os Ministérios Públicos Estadual e Federal criarão um comitê técnico que apontará à Samarco Mineradora S/A medidas a serem tomadas pela empresa. Inicialmente, farão parte do comitê integrantes dos MPs, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Baleia Jubarte e da ONG Conservação Internacional (CI). Ontem, dia 27, o promotor de Justiça ambiental de Teixeira de Freitas, Fábio Fernandes Corrêa, e a procuradora da República, Marcela Regis Fonseca, reuniram-se com representantes da Samarco, com o oceanógrafo e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Gil Marcelo Reuss, e demais integrantes do comitê para estabelecer ações diante dos possíveis impactos ambientais, em especial às unidades de conservação existentes na região sul da Bahia, como o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.
Ficou decidido que até a próxima semana, a Samarco informará aos MPs se estenderá o monitoramento realizado no Espírito Santo ao estado da Bahia, conforme orientações do Ibama. “O objetivo do comitê é planejar medidas a serem tomadas de acordo com as especificidades locais e a estrutura necessária para uma pronta resposta caso os sedimentos cheguem à região”, destacou o promotor de Justiça Fábio Corrêa. Até o momento, não há confirmação de que a lama de sedimentos que se espalhou no mar após ter atingido a foz do Rio Doce, em Linhares no Espírito Santo, tenha chegado à Bahia.
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