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Seminário integrado apresenta resultados de pesquisa do MP baiano e de outros estados
Na manhã desta segunda-feira (23), o Ministério Público estadual promoveu o primeiro ‘Seminário Integrado de Pesquisa’, com a participação do diretor da Escola Superior do Ministério Público de Goiás (ESMPGO), Adriano Godoy Firmino, e do diretor da Escola Superior do Ministério Público do Paraná (ESMPPR), Eduardo Augusto Cambi. O evento foi aberto pelo promotor de Justiça Tiaogo Quadros, coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf). “Este seminário é uma satisfação enorme para todos aqueles que reconhecem a importância da pesquisa para se construir soluções e avançar”, destacou Tiago Quadros.
A linha de pesquisa científica do Ceaf intitulada “O Ministério Público do Estado da Bahia e a efetividade dos direitos fundamentais” é composta atualmente por grupos de pesquisa nos eixos de racismo, patrimônio público, infância e adolescência, civil, segurança pública e criminalidade. “Este evento é um marco para o Ministério Público nacional. São iniciativas como essa que nos fazem reafirmar o ideal de MP”, afirmou o diretor da ESMPGO, Adriano Godoy. Os grupos contribuem no desenvolvimento de pesquisas institucionais multidisciplinares, além de estimular a integração entre ensino, da pesquisa e extensão no Ceaf e fortalecer os eixos de pesquisa da instituição e suas transversalidades. “Não podemos dissociar o ensino, da pesquisa e extensão. Instituições como o Ministério Público precisam aprender a trabalhar com metodologia empírica. Outra preocupação importante é a necessidade de estabelecermos um diálogo com outros parceiros a exemplo das universidades”, destacou o diretor da ESMPPR, Eduardo Augusto Cambi.
A programação contou com a apresentação dos projetos do grupo Racismo (GEPR), que é liderado pela promotora de Justiça Lívia Vaz e pelo promotor de Justiça Saulo Mattos. Até o dia 27 haverá a apresentação de pesquisas internas do MP baiano e de outras unidades do MP brasileiro (Confira a programação aqui).
Na manhã desta segunda-feira foram apresentados os projetos intitulados “‘Não menos estimado’, o Dr Brasil: a trajetória de um promotor de Justiça negro no Ministério Público do Estado da Bahia”, apresentado pelos servidores George Brito, Miguel de Santana Soares e Manuela Damasceno; e “Crimes de Racismo na comarca e Salvador”, apresentado pelos servidores Delina Santos, Anderson Mendes e Bruno Silva. “Trata-se de um despertar lento e tardio do Ministério Público para essa temática. Temos um MP que não corresponde étnico/racialmente à população brasileira. Temos apenas 5% de mulheres negras na magistratura enquanto elas correspondem a 28% da população. Por outro lado gostaria de destacar o pioneirismo do MP baiano que há mais de 20 anos criou a primeira Promotoria de Justiça de combate ao racismo no país, no qual atuo, e criou também o primeiro grupo de enfrentamento ao racismo institucional”, ressaltou a promotora de Justiça Lívia Vaz.
O evento contou ainda com uma apresentação externa do Núcleo de Gênero do Ministério Público de São Paulo (MPSP) com o tema “Raio x do feminicídio em São Paulo: é prossível prevenir a morte”, que foi apresentado pela promotora de Justiça do MPSP Valeria Diez. Ela apresentou os dados da sua pesquisa feitas em 2018, quando o Brasil ocupava o 5o lugar no ranking de feminicídio dentre 83 países pesquisados de acordo com o Mapa da Violência 2015. “Houve uma conscientização coletiva sobre a violência contra a mulher no país, no entanto, ser mulher continua sendo muito perigoso no nosso país”. O ‘Seminário Integrado de Pesquisa’ continua até a próxima sexta-feira (27) e tem como objetivo socializar as diversas pesquisas institucionais que são realizadas pelos grupos de estudo e pesquisa do MP e promover a integração dessas pesquisas com iniciativas em andamento em outros ramos do Ministério Público.
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