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Atendimento educacional especializado é tema de encontro sobre educação inclusiva no MP
As principais instituições de atendimento educacional especializado da Bahia se reuniram hoje, dia 10, no Ministério Público estadual, em Salvador, durante o ‘1º Encontro Educação Inclusiva: Instituições Especializadas em Ação’. A promotora de Justiça Cínthia Guanaes, do Grupo Especial de Defesa da Educação (Geduc), explica que para garantir ‘todas as escolas para todos os alunos’, lema da educação inclusiva, o trabalho das instituições de apoio é fundamental. “Para que os alunos com deficiência estejam na escola regular, o atendimento especializado, realizado no contraturno ou nos centros parceiros, é decisivo”, salientou a promotora.
Cínthia Guanaes explicou que a quantidade de salas de recurso multifuncional, localizadas na própria escola, é insuficiente para atender a demanda dos alunos com deficiência, que requerem um complemento especializado como forma de suporte ao ensino que recebem na sala de aula regular. Ela acrescentou que os centros de atendimento educacional especializado estão previstos em lei como a forma de suprir essa carência, “A ideia é eliminar barreiras, oferecendo nessas unidades as ferramentas necessárias para que o aluno com deficiência acompanhe e aprenda no curso regular”, destacou Cínthia Guanaes que avalia que o serviço ainda é pouco conhecido. “Professores da própria rede desconhecem esse atendimento e não sabem que podem encaminhar seu aluno para instituições que não sejam a sala de atendimento da própria escola. Esse é um dos objetivos do nosso encontro”, frisou.
Cíntia Barbosa de Oliveira Bispo, do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez e Escola Wilson Lins (CAS Wilson Lins) salientou que, diferentemente das outras pessoas com deficiência, os surdos se comunicam por uma outra língua, a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). “Essa particularidade orienta todo o nosso trabalho, que inclui cursos de Libras para os pais e profissionais de áreas como saúde e segurança pública”, pontuou. Sidenize Sousa, do Centro de Educação Especial da Bahia (Ceeba), chamou atenção para a necessidade de levar a inclusão para o chamado ‘ambiente natural’. “Não basta incluir nas salas de aula, é preciso criar uma sociedade inclusiva, onde os ambientes sejam adequados às pessoas com deficiência”, afirmou Sidenize.
O encontro contou ainda com apresentações de Cláudia Almeida, que falou sobre o trabalho do Centro de Atendimento Especializado Pestalozzi; Itana Lima, que explicou como funciona o programa de apoio à inclusão escolar da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Sallvador); River Santana e Cátia Paim da Cruz, do Centro de Apoio Pedagógico do Deficiente Visual; e Silvana Macedo e Edna Brasileiro, do Instituto de Cegos da Bahia. O receptivo do evento foi feito por alunos dos Centros de Atendimento Especializado, que ficaram responsáveis também por entregar os certificados de participação aos palestrantes.
Fotos: Rodrigo Tagliaro (Rodtag)
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